O 1º de maio, Dia do Trabalhador, foi marcado por um grande ato realizado pelas Centrais Sindicais no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, que reuniu milhares de trabalhadores e sindicalistas e contou com a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O evento foi grandioso e marcou a mobilização dos trabalhadores e dos sindicalistas para uma nova era de regulação da legislação trabalhista e sindical, que será apresentada por um grupo tripartite, com participação do governo, empregadores e trabalhadores.

Também participaram do evento o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, vários outros ministros de estado, senadores, deputados, autoridades e artistas, com shows musicais e apresentações.

Em sua fala, o Presidente Lula destacou o aumento do Salário Mínimo para R$ 1.320,00 e a volta da Política de Valorização do Salário Mínimo todos os anos. Além disso, ressaltou a luta pela isenção da cobrança sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores, questão defendida pelo presidente da CSB, Antônio Neto. Também destacou o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda e a criação de legislação que promova a igualdade de salários entre homens e mulheres.

O SEAAC esteve presente no evento com o Presidente Paulo de Oliveira e o Diretor Luciano M. Sanches. Paulo, que também é Secretário de Organização e Mobilização da CSB, participou ativamente na organização do evento e, em sua fala aos trabalhadores presentes no Anhangabaú, destacou a necessidade de se revogar os retrocessos da reforma trabalhista: “Não é possível viver com a situação que nós vivemos da terceirização, que é a raiz da escravidão moderna. É preciso acabar com a relação em que o trabalho é regulado por acordos individuais, onde o trabalhador é subjugado e se sujeita às condições do patrão. É hora de mudança, mas essa mudança só vem com a força do trabalhador e com a valorização do movimento sindical. Sem sindicatos fortes, não há luta em favor do trabalhador”, disse.

O 1º de Maio é uma data importante para a classe trabalhadora em todo o mundo. Ela tem sua origem na luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e mais dignidade. Em 1886, trabalhadores dos Estados Unidos iniciaram uma greve geral para reivindicar a redução da jornada de trabalho, que chegava a 16 horas por dia, para oito horas diárias. No dia 1º de maio daquele ano, cerca de 500 mil trabalhadores foram às ruas em diversas cidades americanas, sendo reprimidos com violência policial.